Edge Computing: o novo processamento de dados

1 de fevereiro de 2023

Como toda tecnologia, a internet viveu diferentes estágios e continua se aprimorando. No momento atual da internet, conhecido como web 3.0, o movimento de descentralização e a edge computing estão no centro do debate.

Nesse artigo, você vai entender melhor o que o conceito de edge computing tem a ver com esta terceira onda da web. Também vamos falar sobre benefícios e aplicações da também chamada computação de borda.

Web semântica e edge computing

Metaverso, cidades inteligentes, blockchain, inteligência artificial, internet das coisas (IoT) são algumas das aplicações relacionadas à Web 3.0, ou Web Semântica. Na atual fase web, onde há enorme quantidade de conexões e troca de dados entre o mundo físico e o digital (phygital), a velocidade, a segurança e o tempo de resposta entre os dispositivos e os usuários são fundamentais. A Edge Computing entra em cena justamente para suprir as demandas deste novo momento.

Neste contexto de vastas conexões, o tratamento das informações torna-se diferenciado. É como se a web fosse um grande banco de dados, ou assistente particular, que se abastece na interação homem-máquina, a partir do reconhecimento de padrões de comportamento.

Quem pesquisa na internet precisa que os dados se apresentem de forma cada vez mais direta, correta e integrada. Um consumidor que procura por uma loja ou supermercado para as suas compras quer acessar rapidamente locais para compra, preços, taxas de entrega e disponibilidade com agilidade e assertividade. E, para atender essa demanda, na Web 3.0, cada um desses elementos de pesquisa será tratado como uma única informação disponibilizada ao usuário, a partir da melhor comodidade e experiência.

A descentralização é chave na Edge Computing

Em termos infraestruturais, um dos pontos cruciais para que esse conceito se concretize é a descentralização, que tem tudo a ver com edge computing.

Muitos usuários finais não fazem ideia, mas em se tratando do Brasil e, no cenário do Web 2.0, para que a internet funcione, são utilizados grandes data centers, em geral, situados na região sudeste do país.

O porém é que, no caso de aplicações como a realidade aumentada ou veículos autônomos, por exemplo, a latência – ou seja, o tempo de resposta que uma mensagem ou pacote de dados leva para fechar o circuito que vai da chegada ao centro de processamento ao retorno ao usuário final – precisa ser muito menor. Imagine um carro autônomo tendo de frear bruscamente. Sem uma rede descentralizada, o tempo de frenagem será longo demais, pois a informação de que o carro deve frear vai ter de “viajar” grandes distâncias entre o dispositivo (o carro autônomo) e o data center. No cenário da edge computing, descentralizado, o dado viaja uma distância menor, viabilizando veículos autônomos, por exemplo.

Daí a necessidade da descentralização do processo de processamento das informações relacionadas ao uso de serviços digitais e aplicativos. Edge Computing se trata justamente de pulverizar a infraestrutura do circuito de tratamento dos dados. Os grandes data centers dão lugar a legítimas constelações, compostas de centros de processamento de informações menores, por sua vez interligados a data centers potentes, num ambiente de Hub.

O funcionamento e os benefícios da computação de borda

De forma bem prática, edge computing é uma infraestrutura de TI em que os dados gerados pelo usuário são tratados o mais próximo possível da fonte dessas informações, ou da borda da rede. Daí a terminologia computação de borda.

Por sinal, é uma base tecnológica indispensável em se considerando a expansão da rede 5G. Na operação desse padrão, a capacidade computacional na ponta passa a ser crucial para um bom tempo de resposta. Ou seja, não há mais como abrir mão de aproximar o centro de processamento dos dados da origem das informações ali tratadas.

A computação de borda torna o processamento de dados mais ágil, seguro e eficaz ao usuário final. Para provedores de serviços, é a garantia de  aplicações rodando com baixa latência e alta disponibilidade, ainda permitindo o monitoramento em tempo real.

Confira alguns dos principais benefícios trazidos pela edge computing:

  • Redução dos custos: associados às transmissões de dados de longa distância;
  • Menos atrasos, falhas e interrupções: numa estrutura distribuída, problemas ocorridos em determinados pontos de processamento dos dados não afetam outras áreas; o que garante mais estabilidade;
  • Diminuição da latência: o tempo de resposta passa a ser praticamente instantâneo;
  • Maior operacionalidade: a operação de rede se torna simplificada, flexível, escalável e, portanto, muito mais eficiente;
  • Uso assertivo e seguro: a geração de informações ocorre praticamente em tempo real, permitindo análises de big data de forma muito rápida pelos provedores. É um fluxo dinâmico e certeiro para a melhor tomada de decisão e que ainda ocorre com menos risco de exposição dos dados confidenciais.

Uma tecnologia que serve a diferentes áreas

Diante desses benefícios, há cenários bastante diversos que os provedores MSP podem explorar, tirando proveito dessa infraestrutura para um processamento de dados flexível, otimizado e consistente:

  • Transformação digital na indústria: para o contexto industrial 5.0, recursos de inteligência artificial e internet das coisas (IoT) são imprescindíveis e precisam estar alinhados à velocidade na conexão e integração de dados. O contexto perfeito para a computação de borda;
  • Mercado gamer: os jogos em rede, muitas vezes baseados em realidade aumentada, e cada vez mais interativos, tem na edge computing o suporte ideal para diminuir a latência e otimizar o tempo de resposta;
  • Cidades e carros inteligentes: os espaços urbanos smart geram dados em alto volume. Nesse caso, uma infraestrutura descentralizada para o processamento de informações permite conexões melhores e agrega inteligência ao tratamento dos dados. Em se considerando os carros autônomos, velocidade e precisão no processamento são cruciais para uma resposta rápida e segura aos comandos, por parte do veículo;
  • Acesso inteligente e promoção de segurança: são outras áreas em que a computação de borda representa vantagem competitiva. Imagine um prédio comercial cuja entrada é controlada por biometria ou reconhecimento facial. A leitura e interpretação da digital ou do rosto precisa ser imediata, certo? E isso é muito mais viável com o processamento de dados ocorrendo numa estrutura distribuída.

A Computação de borda é uma tecnologia de ponta na qual os provedores de serviços gerenciados precisam estar de olho.

Quer entender melhor como aproveitar os muitos benefícios da edge computing, para otimizar sua própria operação e atender melhor os clientes do seu data center?

Converse com os especialistas da SC Clouds e saiba, em detalhes, como a infraestrutura descentralizada de processamento de dados vai ajudar!

Continue lendo

Fale com um especialista

Especialistas em provedores de Edge e Cloud Computing