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Web 3.0: a internet está em revolução

Velocidade e transformação estão, certamente, no DNA do cenário digital. Isso é mais evidente no atual momento online, chamado Web 3.0.

E isso é o que está por trás do surgimento constante de novas ferramentas e conceitos associados ao mundo online. Atualmente estão em jogo metaverso, inteligência artificial, NFTs, criptomoedas e um vasto universo de novas aplicações totalmente interligadas à noção de Web 3.0, tema deste artigo.

Também chamada de web semântica, justamente por estarmos falando não apenas da coleta e armazenamento de informações, mas também da interpretação de dados, a Web 3.0 é uma nova fase da internet na qual aprimorados formatos de interação homem-máquina tornando a experiência mais rica e humana. A ideia é proporcionar ao usuário a chance de interagir e realizar experiências de alta qualidade, com segurança, rapidez e maior privacidade.

Bastante tempo atrás, Tim Berners-Lee, físico e professor do MIT, cujo nome está diretamente associado à criação da world wide web, certa forma, previu esse momento de ruptura. Ele apostou na chegada de um estágio em que homens e máquinas poderiam se relacionar de forma mais colaborativa, bem como na existência de dispositivos capazes de reconhecer o sentido dos conteúdos digitais.

Mais tarde, a partir de 2014, o debate ganhou corpo pelas colaborações de Gavin Wood, desenvolvedor do criptoativo Ethereum. Ele cunhou o termo Web 3.0 defendendo a visão de uma internet mais descentralizada e democrática.

A internet em três fases

Antes de falarmos de forma específica sobre as características dessa terceira onda, vale a pena entender os estágios anteriores. A noção de Web 1.0 está associada ao surgimento da rede mundial de computadores, na década de 90. É uma fase marcada por conexão discada e informação estática. Havia basicamente os sites institucionais da empresas e alguns canais de notícias mantidos por veículos de comunicação. A interação por parte dos usuários era bastante limitada.

Já na Web 2.0 houve alta perspectiva de compartilhamento e interatividade mo novo mundo que se abriu. Vieram a banda larga, os mecanismos de busca, as redes sociais, a relevância e a tendência (trending topics). O conhecimento passou a ser disseminado a partir de uma estrutura de navegação muito mais dinâmica, também pela intensa popularização dos smartphones. Qualquer conteúdo postado passa a ser facilmente localizado pelos usuários.

É a base para a disseminação de conteúdos focados nas características de cada plataforma, sejam páginas, blogs ou redes sociais. Com isso, desenvolvem-se algoritmos e modelos de SEO (search engine optimization), numa estrutura que ranqueia conteúdos, de acordo com parâmetros de relevância e autoridade. No mesmo sentido, o comércio eletrônico ganha impulso e surgem plataformas disruptivas, como o Uber e o AirBnb, totalmente aderentes à base de compartilhamento proporcionada pelo segundo estágio da internet.

E aí surge uma grande questão que fundamenta a visão de Web 3.0. Quando navegamos nessa onda de informações e possibilidades interativas, é impossível não deixar rastros, com um importante detalhe: muitas dessas “pistas” são dados sensíveis, como idade, contato, localização, preferências, dentre tantas outras informações bem pessoais.

Um cenário que faz dos dados o novo petróleo, como você já deve ter ouvido falar. Os usuários da internet acabam sendo monitorados, sem nem perceber. A terceira onda digital traz como fundamento a entrega de experiência ideal, com mais transparência, segurança e controle pelo usuário.

Desvendando a Web 3.0

Sinteticamente, pode-se dizer que o novo estágio da internet faz de elementos como machine learning, inteligência artificial e blockchain ferramentas que armazenam e também interpretam informações, oferecendo experiências customizadas ao usuário. É uma colaboração mais efetiva entre homem e máquina. Sob o aspecto da navegação segura, surge a criptografia, reforçando a privacidade e segurança.

É uma estrutura horizontal e menos hierárquica, na qual o usuário ganha mais controle e poder de decisão. Ao olharmos para as características elencadas a seguir, essa perspectiva fica mais clara.

  • Descentralização: esse é um dos principais fatores de mudança. Em termos infraestruturais, a tendência está em edge computing, com o armazenamento e o processamento de dados distribuído em diferentes centros de tratamento da informação, no lugar dos gigantescos e únicos servidores. Isso, inclusive, pelo crescimento da tecnologia blockchain que, a partir do armazenamento de dados em blocos, elimina a necessidade dos intermediários centrais. Da mesma forma, a produção de conteúdo também caminha para a descentralização, com mais protagonismo a quem cria e não aos distribuidores de conteúdo. Devemos assistir, portanto, a diminuição do poder de gigantes como Google, Meta e Amazon;
  • Busca semântica: com aplicações de inteligência artificial e machine learning – ou aprendizado de máquina – cada vez mais eficientes para a interação homem-máquina qualificada, os sistemas tornam-se aptos aprender com as próprias experiências. O que também significa mais assertividade para encontrar padrões e organizar os dados. O resultado é a entrega de resultados de pesquisa mais aderentes aos interesses, otimizando a experiência do usuário, e uma perspectiva maior de mapear o comportamento das personas;
  • Realidade virtual e phygital: aqui falamos do metaverso e outras experiências de ambientes digitais imersivos, ou de ações que mesclam os mundos off e online. NFTs e jogos virtuais em rede são outros bons exemplos e a base da Web 3.0 tem tudo a ver com esses espaços virtuais altamente realistas ou com experiências phygital de alta qualidade;
  • Segurança da informação: a alta exposição de dados sensíveis justifica os critérios rigorosos presentes em instrumentos como a LGPD. Um dos pontos que faz a Web 3.0 diferencial, no que diz respeito a conferir mais autonomia e controle aos usuários, é justamente a maior proteção de dados. Vai ficar mais fácil evitar anúncios indesejados. Outro caminho que se aponta, no reforço de segurança, é a descentralização dos dados de usuários nos aplicativos de mensagens, com blockchain contribuindo para a construção de ambientes de conversa mais seguros.

Onde a revolução se faz presente?

Listamos a seguir algumas aplicações potencializadas na Web 3.0 já presentes em nossas rotinas:

  • Assistentes virtuais comandados por voz: que devem se tornar cada vez mais hábeis a interagir e conhecer nosso comportamento. Exemplos como Siri e Alexa ainda estão em desenvolvimento e, portanto, terão sua interatividade muito aprimorada;
  • Experiências visuais realistas: algo que se faz presente na possibilidade da captura de imagens em 3D, para tour virtuais altamente realistas a museus e outros pontos turísticos em diferentes cidades do mundo. A presença dessa visão tridimensional, via realidade aumentada, também ajuda na decisão de compra dos clientes de e-commerces e sites da área imobiliária, por exemplo;
  • Carteiras digitais: bastante associado ao universo das criptomoedas, o uso dessa ferramenta deve aumentar, inclusive com o crescimento dos NFTs. Com base na tecnologia blockchain, as carteiras digitais registram com transparência e segurança informações referentes às operações financeiras.
  • Aplicações híbridas: quando se fala em phygital, que apontamos logo acima como característico da terceira onda da internet, falamos de inúmeros pontos de convergência entre os mundos físico e digital. Internet das coisas, carros autônomos, entregas por drones, dentre tantas outras perspectivas de automatização, nos farão vivenciar cada vez mais, em quantidade e intensidade, experiências que mesclam online e offline.

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