Certificação TIER: entenda a classificação para Datacenters

4 de dezembro de 2023

Não é sem motivo que os dados vêm sendo considerados o novo petróleo. Vivemos uma época de total conectividade, em que as ações para captar informações e analisá-las resultam na coleta massiva de dados, o que também demanda alta capacidade por processamento e armazenamento. Diante disso, o papel dos datacenters, bem como de ferramentas como a certificação TIER, se torna crucial para eficiência e inteligência na gestão de TI das empresas.

Para se ter uma noção da imensa quantidade de informações em circulação, só nos últimos 4 anos foram gerados aproximadamente 90% dos dados existentes nos meios de armazenamento. Será que o seu provedor de serviços está pronto para ser um aliado dos clientes, oferecendo expertise qualificada e soluções de ponta para apoiar políticas de processamento de informações que gerem diferencial competitivo?

Como veremos nesse artigo, a certificação TIER surge como uma excelente alternativa para atestar que o seu negócio opera com alto padrão de qualidade com relação ao tratamento de dados. Siga a leitura!

Por centros de processamento de dados eficientes

Datacenters são infraestruturas físicas que têm como funcionalidade hospedar informações, arquivos e aplicações. Por sinal, o nome vem justamente da operação desses espaços como centrais especializadas em processar e armazenar dados

A estrutura de um datacenter é composta principalmente por servidores, switches e roteadores que atuam, juntos, para disponibilizar funcionalidades diversas ao usuário. Praticamente todos os sites ou sistemas acessados para realizar atividades rotineiras via internet necessitam de um datacenter para funcionar.

Quando se trata do universo empresarial, com altíssima demanda de geração, processamento e arquivo de dados, os datacenters têm funções essenciais para dar suporte a diversas operações nos negócios. Confira algumas das principais:

» Hospedagem de e-mails e arquivos compartilhados;

» Acesso aos aplicativos e sistemas;

» Projetos de aprendizado de máquina;

» Acesso remoto e desktop virtual;

» Inteligência artificial e big data.

Os tipos de datacenter

Já foi possível perceber que usos e demandas diferentes também determinam especificidades no processamento de dados, não é mesmo? Diante disso, os provedores disponibilizam modelos específicos de datacenter. Dentre os mais comuns e reconhecidos estão:

» Datacenters corporativos: criados ou adquiridos por empresas e com suas aplicações adaptadas para os usuários finais;

» Datacenters de serviços gerenciados: modelos gerenciados por provedores terceiros. A empresa contratante aluga a infraestrutura e o gerenciamento, delegando tais atividades ao fornecedor;

» Datacenters compartilhados: é outra categoria terceirizada. Nesse caso, o provedor oferece a infraestrutura para diferentes empresas, que contratam, em parceria, serviços como fornecimento de energia elétrica, refrigeração, equipamentos, segurança, entre outros;

» Datacenters na nuvem: o serviço de armazenamento nesse modelo é oferecido por provedores de serviços na nuvem. São exemplos de servidores dessa modalidade o AWS e IBM Cloud.

O padrão de funcionamento em camadas

Para que possam funcionar da maneira correta e segura, os datacenters precisam seguir padrões de estruturação. A classificação em camadas é um dos parâmetros mais utilizados para o design e infraestrutura dos centros de processamento de dados e funciona como a seguir:

» Camada 1: datacenter de nível básico com proteção limitada contra eventos físicos, no qual os componentes são de capacidade única e com um único caminho de distribuição não redundante.

» Camada 2: datacenter com componentes de capacidade redundante para proteção mais aprimorada contra eventos físicos e que possui um único caminho de distribuição não redundante.

» Camada 3: datacenter com proteção contra praticamente todos os tipos de eventos físicos, com componentes de capacidade redundante e vários caminhos de distribuição independentes. Em caso de manutenção, o serviço oferecido aos usuários não precisa ser interrompido.

» Camada 4: datacenter de alta tolerância a falhas e com redundância máxima com vários caminhos de distribuição independentes. É uma organização que evita interrupções, mesmo em casos de falhas de qualquer parte da infraestrutura.

Esses níveis de operação, se assim podemos chamar, são a base para a classificação TIER. É uma certificação que avalia o desempenho e a confiabilidade de infraestruturas de datacenters e funciona como um selo de qualidade dos serviços oferecidos pelos provedores, como vamos entender melhor no próximo tópico.

Compreendendo a Certificação TIER

O primeiro passo para desvendar essa metodologia de certificação desenvolvida pelo Uptime Institute Professional Services é compreender que a palavra em inglês tier pode ser traduzida como  “camada” ou “nível”. Partindo desse princípio, entendemos que o objetivo da classificação é identificar o nível da infraestrutura de um datacenter. A classificação TIER varia de I, sendo a menos confiável, até IV, sendo a mais confiável, com índices que levam em consideração a redundância e a capacidade de suportar falhas no sistema.

Os níveis os significados da Certificação TIER

Confira os níveis de certificação e suas especificidades

» TIER I: classificação básica

Oferece menor índice de confiabilidade e disponibilidade, uma vez que possui infraestrutura básica e pouca ou nenhuma redundância. O datacenter de classificação I pode ter interrupções, pois não tem proteção contra falhas dos componentes. É adequado para aplicações em cenários menos críticos e que podem ficar um curto período de tempo sem atividade.

» TIER II: datacenter redundante

Oferece nível moderado de confiabilidade e disponibilidade, incluindo redundância em componentes que são essenciais para o funcionamento. Ainda assim, o datacenter nesse nível pode sofrer algumas interrupções para manutenção. São indicados para aplicações empresariais que suportam algum tipo de interrupção, quando necessário.

» TIER III: sistema autossustentado

Oferece alto nível de confiabilidade e disponibilidade e tem redundância completa de componentes críticos e sistemas. Nesse nível, os datacenters suportam manutenção sem interrupção dos serviços e são escolhas indicadas para organizações que precisam de alta disponibilidade em aplicações mais críticas.

» TIER IV: alta tolerância a falhas

Oferece nível muito alto de confiabilidade e disponibilidade, com redundância total e diversos caminhos para todos os componentes. Os datacenters de nível IV são capazes de suportar falhas de qualquer sistema sem interrupção no fornecimento de serviços, sendo ideais para aplicações que não podem ter inatividade, de maneira alguma.

O processo de Certificação TIER

Se você é um provedor de serviços interessado em melhorar posicionamento estratégico e agregar diferencial perante o mercado, a busca pela Certificação TIER é um caminho certeiro nesta diferenciação, até mesmo por não ser  grande o número de datacenters brasileiros certificados. O ponto de partida para compreender se esse é o melhor caminho, no seu caso específico, é avaliar infraestrutura física, condições climáticas e o orçamento disponível.

Estando claro que esse é o diferencial competitivo certo para o momento do seu negócio, ocorre um processo de certificação em dois passos. O primeiro é a Tier Certification of Design Documents (TCDD), com foco em eliminar elos fracos da cadeia. O instituto revisa documentos relativos aos aspectos elétricos, mecânicos, de monitoramento e de automação e certifica apenas o “projeto”, por um prazo de dois anos. Numa etapa subsequente – chamada de Tier Certification of Constructed Facility (TCCF) – o datacenter recebe a visita do Uptime Institute. O objetivo é inspecionar discrepâncias entre o projeto e a instalação dos equipamentos. Se tudo estiver de acordo, o centro de processamento de dados recebe a placa e o certificado de fato.

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