Nos últimos anos, a transformação digital vem movimentando a tecnologia como um todo e mudando a forma como as empresas desenvolvem seus processos e o tratamento de dados. As dinâmicas online e em tempo real exigem atenção aos conceitos de redundância em TI e missão crítica, de forma a garantir desempenho estável e seguro dos sistemas de TI.
É um cenário diretamente relacionado ao impulso que a transformação digital ganhou no período pós-pandemia. Elementos como a digitalização ganham protagonismo, alavancando produtividade e resultados.
Tanto que, em 2023, a PwC Brasil e a Fundação Dom Cabral desenvolveram metodologia inédita para medir o progresso da transformação digital nas empresas brasileiras. Numa escala de 1 a 6, o levantamento chegou a um índice geral de 3,3, no que diz respeito à maturidade das corporações analisadas.
Nesse contexto, são fundamentais estratégias assertivas de missão crítica, para que a operacionalidade dos servidores, sistemas e equipamentos não seja abalada por falhas ou dificuldades técnicas. Este é um artigo em que vamos aprofundar o olhar para a colaboração dos provedores de serviços no bom funcionamento do setor de TI de seus clientes.
Saiba tudo sobre redundância em TI
Dentro do universo da TI, o termo redundância diz respeito à duplicação de componentes e camadas de proteção de um sistema de computação. Essa estratégia aumenta a segurança e o nível de confiabilidade de qualquer projeto e garante a disponibilidade dos serviços prestados.
Na prática, podemos imaginar o datacenter de uma grande empresa fornecedora de determinado serviço, que tem o funcionamento constante do sistema como fundamental para a execução das atividades. Nesse contexto, tal centro de processamento de dados precisa ser planejado com a duplicação dos componentes críticos e das camadas de proteção, a fim de garantir a máxima estabilidade possível. Dessa forma, se algum dos componentes sofrer dano ou falha inesperada, os demais trabalharão normalmente, uma vez que serão duplicados.
Ou seja, a empresa consegue, inclusive, realizar manutenções sem a necessidade de interromper o fornecimento dos serviços. Por tamanha importância, a redundância costuma fazer parte do planejamento das estratégias de recuperação de desastres (disaster recovery), juntamente com o mapeamento de riscos e desenvolvimento de soluções rápidas e eficazes para possíveis problemas.
Entre outros benefícios que as empresas podem ter ao adotarem sistemas de TI com redundância, destacam-se:
- Redução de gastos com problemas inesperados;
- Alta disponibilidade, com raríssimas chances de instabilidade nos sistemas;
- Segurança dos dados, evitando a perda de informações importantes;
- Posicionamento competitivo do negócio no mercado, ofertando processos sólidos de segurança e disponibilidade dos serviços.
» As categorias de garantia
O nível das camadas de segurança da redundância deve ser definido de acordo com a disponibilidade que se faz necessária no contexto específico de cada infraestrutura. Assim, a equipe de TI pode criar uma estratégia de redundância que atende os parâmetros da empresa e dos usuários. Há quatro categorias principais:
- Redundância N: cenário em que existem apenas os componentes com quantidade mínima para garantir o funcionamento do sistema. Ou seja, não há componentes secundários para substituir os originais. Dessa forma, em caso de instabilidade ou defeito, a operação dos sistemas pode ficar comprometida.
- Redundância N+1: além do mínimo existente na redundância N, o sistema ganha um componente extra. Isso significa que em caso de falha do componente original, há outro para substituí-lo e garantir o funcionamento do sistema. No caso, por exemplo, de um datacenter que necessita de três servidores, o sistema terá quatro disponíveis.
- Redundância 2N: nesse tipo, o sistema conta com o dobro dos componentes necessários para o funcionamento. Ou seja, se um datacenter necessita de três servidores para funcionar, no cenário de redundância 2N, haverá seis servidores.
- Redundância 2N+1: é o nível mais alto de segurança dentro dos tipos de redundância. Nesse caso, o sistema conta com uma solução semelhante à 2N, mas com uma opção de backup para evitar que o sistema pare por completo.
Como redundância e missão crítica se relacionam?
No universo da TI, a missão crítica diz respeito a garantir que os equipamentos e sistemas continuem funcionando, independente das situações a que são expostos. Ou seja, a redundância, sobre a qual falamos até aqui, é um dos elementos que dão suporte a esse objetivo, assim como aspectos técnicos de estrutura predial, instalações da infraestrutura de TI, nível de confiabilidade dos sistemas, manutenção imediata, controle de falhas, disponibilidade, entre tantos outros.
Nesse sentido, a base para a eficiência de qualquer estratégia de missão crítica são os sistemas eficazes e de alto desempenho. Algo que precisa direcionar o olhar dos provedores de serviços de TI que, ao estarem habilitados para desenvolver planos de missão crítica, atestam seu comprometimento com a segurança e garantia do serviço prestado, priorizando o funcionamento dos sistemas 24h por dia, 7 dias por semana.
Essas estratégias são detalhadas nos Planos de Continuidade do Negócio (PCN). Esses documentos especificam como uma empresa deverá agir para manter as operações críticas em momentos de falhas, interrupções ou problemas técnicos. Os PCN envolvem estratégias de comunicação, listas de prioridade e procedimentos para recuperar informações eventualmente perdidas.
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O seu provedor de serviços de TI já está apto a colaborar com os clientes, desenvolvendo planos de missão crítica e oferecendo soluções à altura? Como já vimos, esse é um aspecto a não perder de vista para que os contratantes confiem no serviço prestado, considerando a demanda crescente por sistemas de TI estáveis e seguros, para uma rotina operacional sem sustos e sobressaltos.
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