No mundo empresarial moderno, disrupção, velocidade e flexibilidade são fatores de vantagem competitiva. Já parou para pensar que todas as inovações tecnológicas dos últimos anos são de código aberto? Containers e banco de dados no SQL são apenas algumas dessas inovações. Neste contexto, torna-se cada vez mais importante entender o conceito de Open Source Gerenciado.
Médias e grandes empresas tem demandado cada vez mais profissionais para atender essas tecnologias, oque gera um quadro de escassez de mão de obra no mercado nacional. Principalmente após a pandemia, cada vez mais profissionais brasileiros tem optado pelo trabalho remoto, geralmente para empresas estrangeiras. Isso acentua o problema, pois as organizações nacionais tem que competir por profissionais que agora estão sendo remunerados em dólares americanos.
Para minimizar esses problemas, o conceito de Open Source gerenciado torna-se fundamental: no modelo gerenciado, o provedor é responsável pelas correções e atualizações do software e alocação de mão-de-obra especializada no modelo de serviço, permitindo que as empresas possam se livrar do fardo das operações técnicas e focar nos seus clientes e modelos de negócio.
Os modelos focados no desenvolvimento dos programas de código aberto – também chamado de OSS ou Open Source Software – se apresentam como solução para os desafios mais atuais das corporações de diferentes tamanhos e segmentos. Afinal, a adaptação dos formatos híbridos e colaborativos de trabalho, a partir de aspectos como a computação em nuvem, uma dinâmica em pleno e perceptível crescimento, se tornou ainda mais acelerada no pós-pandemia.
Vale a pena entender ainda melhor as vantagens trazidas por esse novo conceito. Siga a leitura para entender melhor o Open Source Gerenciado, o novo estágio evolutivo para software de códigos aberto.
Código aberto é mais que pura tecnologia
Também chamados de softwares livres, os programas ou aplicativos alinhados à dinâmica do desenvolvimento aberto surgem de um processo colaborativo. Na prática, isso significa que tais funcionalidades são disponibilizadas com seus código-fonte abertos, de forma que programadores e desenvolvedores os modifiquem, aprimorem e compartilhem, via ferramentas on-line, a partir da obediência às licenças e termos de uso disponíveis. Em alguns casos, inclusive, a liberação está condicionada ao pagamento de taxas.
É o contrário do que acontece nos programas proprietários, ou de “código fechado”, que restringem alterações e colaborações aos criadores. A origem da noção de desenvolvimento aberto é atribuída a Richard Stallman que, em 1983, como programador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), lançou tal ideia.
Era o pontapé inicial de uma visão que vai além do campo para desenvolvimento tecnológico. Nos referimos a um processo de trabalho que se desenrola de forma colaborativa e descentralizada, contando com produção e revisão por uma comunidade de programação.
O movimento que cresce e se aprimora também inclui a supervisão de fundações e comunidades como a Apache Foundation, Linux Institute, e a Open Source Initiative, esta última criada em 1998, para proteger os softwares e comunidades do segmento, atuando como repositório central de informações e governança.
As vantagens do Open Source
Não é sem motivo a forte adesão, inclusive de grandes corporações mundiais, ao open source. É o caso do sistema operacional Linux, que se tornou o maior projeto de software de código aberto do mundo. Outro exemplo conhecido é o do navegador Firefox, da Mozilla Foundation.
Confira alguns dos mais perceptíveis benefícios que a adoção desse modelo tecnológico e de trabalho traz à gestão de TI de negócios dos mais diferentes perfis.
- Os processos de inovação são viabilizados, dado a criação colaborativa de novas tecnologias;
- A dinâmica de trabalho se torna mais veloz, com o suporte da computação em nuvem, permitindo processos de criação e aprimoramento sempre ativos;
- É possível desenvolver softwares e aplicativos que atendem necessidades bastante específicas;
- Melhoria contínua e no longo prazo, pelo fomento de uma comunidade formada por programadores, desenvolvedores e outros especialistas atentos a falhas e aprimoramentos;
- E essa comunidade agrega contribuições e novidades que vão além do próprio projeto. É colaboração aberta e ativa na prática;
- A relação custo-benefício se torna bem mais interessante e econômica que a existente no desenvolvimento de softwares proprietários;
- Todo o contexto de colaboração é registrado com total transparência. Os tipos de dados e locais para os quais foram transferidos, bem como os detalhes das alterações realizadas, são totalmente rastreáveis.
O futuro são os provedores de Open Gource gerenciado
Apesar de tantas e inegáveis vantagens, muitas empresas, principalmente de maior porte, acabam sendo reticentes a aderir a sistemas de código aberto. Fatores primordiais para tal cautela é a preocupação com a estabilidade e segurança das operações.
Médias e grandes empresas entendem que não é viável a contratação de mão de obra especializada na programação do open source, e recorrem cada vez a terceirização dessas operações com empresas especialistas: Managed Open Source Provider.
Os provedores de código aberto gerenciando tem o domínio do código-fonte do software, o que permite garantir sistemas estáveis, preparados para o suporte à missão crítica. Adicionalmente, atualizações regulares do software são disponibilizadas por esses provedores, assegurando não somente a segurança dos sistemas, bem como a melhoria contínua do software.
É uma filosofia de trabalho que vai na contramão do tradicional modelo dos provedores break-fix, em que ações são empenhadas apenas na ocorrência de falhas ou instabilidades; o que, geralmente, determina o prejuízo das fases em que o software ou aplicativo fica indisponível (atendimento reativo).
No atendimento preventivo, do contrário, o monitoramento contínuo e ativo identifica ameaças, aumentando consideravelmente a blindagem contra eventos inesperados. Uma viabilidade que faz a TI proativa e solucionadora, ao invés de reativa, e mantém o foco do time corporativo nas reais necessidades da empresa. A preocupação com manutenções e falhas acaba transferida para o provedor da solução Managed Open Source. É uma metodologia de trabalho voltada à disponibilidade, à confiança e à agilidade que as mais diferentes corporações precisam, ao adotar soluções tecnológicas desenvolvidas em código aberto.
Adicionalmente, por contar com horas de desenvolvimento de software inclusas nos contratos de suporte, o modelo de código aberto gerenciado entrega melhorias e novas funcionalidades dos softwares de maneira constante, garantindo assim não somente o atendimento das necessidades atuais da empresa, mas também sua evolução futura.
A nova geração de Open Source
Para especialistas como Steven Mih, do Conselho de Tecnologia da Forbes, o open source gerenciado é a palavra de ordem e não apenas a mais recente evolução do open source. Ele defende a metodologia de trabalho terceirizada como a evolução do desenvolvimento de soluções via código aberto.
E a razão é simples. Essa atuação preventiva traz novas e mais positivas maneiras de aproveitar a comunidade do desenvolvimento aberto. Os passos desse caminho que leva aos serviços de open source gerenciados, conforme traça Mih, foram os seguintes:
- O princípio de tudo, quando a comunidade se focou no desenvolvimento do conceito e na disponibilização dos softwares de código aberto;
- Depois veio a adoção do conceito por grandes players, como o Linux, clareando os benefícios comerciais do Open Source;
- Os serviços em nuvem deram lugar a um terceiro estágio. As plataformas IaaS e SaaS tornaram a filosofia aplicável a uma ampla gama de setores e lugares do mundo;
- E na dinâmica 4.0 surgem os provedores de código aberto gerenciado, geralmente baseados no que Steven Mih chama de modelo de núcleo aberto. Ou seja, a funcionalidade principal do produto ou serviço é oferecida como código aberto, com recursos ou serviços proprietários adicionais baseados em taxas. Isso torna a configuração, o monitoramento e o gerenciamento dos sistemas IaaS e SaaS de código aberto mais simples, rápidos, previsíveis e confiáveis.
Os princípios de Open Source Corporativo a estar de olho
Diante de tantas evidências, é comum que as empresas já conscientes das vantagens do Open Source Gerenciado se perguntarem sobre como conduzir um processo assertivo de código aberto. Por isso, separamos algumas dicas bem certeiras.
O primeiro passo é entender as suas especificidades corporativas. No caso de empresas robustas, ou cujos processos são mais dependentes da tecnologia, o nível de complexidade é mais alto que o das empresas de pequeno porte. Traçar esse perfil é um elemento condicional para o estabelecimento de armazenamento de dados e procedimentos de segurança, por exemplo.
Traçado esse perfil singular do seu projeto Open Source, chega a hora do planejamento. É um estágio que envolve definição de cronograma e etapas, bem como o mapeamento de possíveis soluções para a escolha da opção que melhor atenda às características mapeadas na primeira fase, levando em conta aspectos como funcionalidades, vida útil e suporte.
Outro quesito crucial são as certificações e credenciais vinculadas ao provedor de open source gerenciado a ser contratado, além da observação quanto ao modelo para a governança de código aberto proposto.
Por fim, o delineamento da estratégia corporativa para a adoção de soluções tecnológicas de código aberto envolve ações de acompanhamento e monitoramento de forma a medir, de forma efetiva, o desempenho da funcionalidade na aplicação às necessidades específicas do negócio.
A sua parceira ideal
Especializada em provedores de nuvem e serviços gerenciados (CSP/MSP), a SC Clouds provê serviços de desenvolvimento contínuo, construção, suporte, gestão e otimização de infraestruturas de nuvem no modelo Open Source gerenciado.
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